• O espetáculo dos anônimos

    Há uma eloqüência profética, deslocada, incognoscível, e por que não, patética na rua. Arena (im) própria dos desejos, de seres que se aglutinam, se dispersam, se deslocam e se enunciam, este dispositivo geográfico e arquitetônico do homem moderno é o transtorno bipolar, por excelência, dos discursos políticos e apolíticos.

  • Vocês não estão entendendo nada: É a rua, estúpidos!

    Na França, em um intervalo de tempo generoso, dois fatos definiram os rumos da história ocidental, ou para ser mais preciso, inscreveram o homem naquela singularidade que está prestes a ruir: a modernidade.

  • Genealogia da moda

    Longe das liberdades das roupas como símbolos, e próximas das imagens que transformam as roupas, a moda, talvez, não exista enquanto prática subjetiva libertária. Talvez em um futuro próximo, ela cumpra o seu “destino” de operar como modus. Distante da prática do coletivo e próxima da prática do individual.

  • Modotopia: A possibilidade de mudança do que é real

    O jovem está preso, acorrentado, limitado. A escolha de sua fase – juventude – não é à toa, retrata a principal zona de interdição, inclusão e exclusão dos discursos antes da idade adulta.

  • Estamos morrendo de tédio!

    Ponto em comum entre a mitologia grega e as nossas atuais “simbologias”: quando uma personagem muda de forma, abandonando o aspecto humano, para se assemelhar a algum elemento natural ou “antinatural”.

  • O Corpo-Texto em Zarella Neto

    A busca e a necessidade em reunir as multidões e os sonhos nos trabalhos autorais do fotógrafo paulistano.

  • Que a rua exploda, então…

    Se existe nos gregos antigos uma ligação ou ponto de coexistência com a nossa civilização, esta é a do aparecimento em momentos oportunos da figura de Dionísio. Há muito, tenho pontuado aqui nesta coluna, a necessidade de uma revisão de certos autores, e principalmente, de certos signos, mitos e ritos abandonados em nossa cultura.

  • Em defesa da sociedade de desesperados

    É preciso resgatar as utopias: entoam em uníssono os velhos críticos da crise contemporânea. No pós Era dos Extremos, do adeus do pensamento único e da ordem neoliberal, novas “encenações” de revoluções estremecem as bases das relações de poder. Em menos de um ano, a massa, formada principalmente por jovens e estudantes, tomam as ruas da Espanha, de Portugal, de Londres, da Grécia e dos países árabes, naquilo que os analistas políticos convencionam chamar de primavera árabe.

  • A Pólis Sepultada

    De tempos em tempos seu soluçar, ora tímido, ora agitado, suspende-se ou paira em nossos corpos. A fantasia é despida como em uma cena teatral, que à mercê do encenador e do espectador realiza-se sob o signo da tragédia, da farsa ou da comédia.

  • Seremos anti-heróis

    No século XV uma gravura de Albrecht Dürer intitulada “Melancolia I” desnuda a imagem ideológica daquele tempo. O caráter melancólico desposa a geometria, com constastes de serenidade e harmonia: a investigação do universo, por meio das “artes práticas”.