BRRUN.COM no caderno de moda “Pandora” do jornal O Tempo de BH


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No domingo (26.06) saímos na coluna da Susanna Kahls no caderno de moda “Pandora” do Jornal O Tempo de Belo Horizonte. Leia a coluna abaixo:

A temporada apresentou, mais uma vez, uma coleção que não vai dar certo! Essa poesia autoral Brasil junto a shapes estranhos e misturas horrendas, que só duram 15 minutos de passarela, acabou forçando a Prada, a Prada, a Prada! Uma paráfrase redux do “Baile de Peruas” da paulista No Porn define o drama da moda nacional, completamente perdida no monopólio da “máfia do acarajé” que controla as “semanas do fubá grosso”, como bem alcunhou minha amiga Johnny Luxo.

Trilhas sonoras deprimentes em um país famoso pela música, make ups de filme de terror em mulheres lindas e acabamentos amadores com o advento do zoom e fotos de detalhe. Só no desfile da Reserva, foram mais de três looks com costuras e bainhas que lembravam gráficos de terremoto, isso sem falar nos fios soltos em caseamento de botões. Para o preço que essa turminha cobra pelos trajes que pendura em suas araras, o resultado é, no mínimo, vergonhoso.
Nas entrevistas com esses “papas” da estética nacional – que é importada-contrabandeada em malas, sem alça, através do Atlântico -, o que se ouvia era nada mais que conversa fiada ou para boi dormir. Entendam de uma vez por todas, vocês não são artistas, são comerciantes.

Copiar já não é mais problema, e o seleto grupo das “escolas de samba do criolo doido” atira para todos os lados, mas finge que ninguém vê, enquanto o Bom Retiro domina as praças de multimarcas das maiores capitais e os chineses enfiam seus filhos na Santa Marcelina para, literalmente, dominarem o mercado de uma vez por todas. A imprensa deixa a desejar e, pautada no “jabá” fala bem de quem falava mal ou não falava nada. Um bando de sanguessugas.

No meio de tudo isso, uma luz no fim do túnel: o novíssimo brrun.com, de Bruno Capasso, estudante de moda que, insatisfeito com o local, resolveu pensar global e juntou num só pacote um time de pensadores, curadores e gente nova – com frescor e sem rancor -, para postar, escrever (amando os textos do Brunno Almeida Maia) e opinar sobre o que há de mais divertido e inspirador quando o assunto é moda, cinema, arte, música, política e boa vida. Tudo isso de maneira independente, sem panelinha, sem bitolar, sem papas na língua, mas também sem perder a classe.

A “Wallpaper” começou assim, lembra? Quem sabe estamos assistindo ao início de uma nova era e, agora, ela está acontecendo aqui e não lá fora?

TEAM BRRUN
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