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Céline.
TOPS PARIS WOMEN’S FASHION WEEK S/S 12:
BALENCIAGA
Na coleção de Nicolas Ghesquiére para Balenciaga a ambiguação é ordem do dia. Nicolas intriga não apenas por alinhar signos ordinários de maneira extraordinária, mas também por encapsular em um look códigos de street e couture. Outro ponto ao seu favor é o padrão de silhuetas similares – em cores ou materiais diferentes – onde ideias se catapultam em outras. Mas nada supera o evolutivo dos ombros, drapings e construções, sejam nas glamazons, nas colegiais ou nas forma clericais.
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HUSSEIN CHALAYAN
A alfaiataria é diáfana, há contraposições de masculino e feminino enquanto os recortes aparecem em ‘n’ possibilidades, indo e vindo, trespassados com outros volumes ou simplesmente revelando outra camada. Para a crítica trata-se de um refinamento – no sentido pejorativo – do Hussein Chalayan que se encontra em exposição no Les Arts Decoratifs, entretanto para nós do BRRUN.COM, o divertido vai e vem de formas, o rebuscado contido e o grafismo são de encher os olhos.
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DRIES VAN NOTEN
Bucólico e selvagem que se metamorfoseia em marítimo para depois culminar no urbano. É assim que através de uma miríade de prints digitais versus trabalhos manuais, Dries Van Noten monta seu universo onde minimal vira camp, o patchwork é virtual e a ironia sobre o senso comum do “bon chic bon genre” trava debates eufóricos e desafia qualquer olhar.
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LANVIN
As vampiras frenéticas de Alber Elbaz para a Lanvin pisam forte ao som de uma pride house – alternado com piano – em trajes que parecem mutações mirabolantes do power dressing do anos 80 pelo viés da executiva, da perua, da excêntrica e ad infinitum. O terreno onde tudo é permitido nesta coleção de exageros está na habilidade de Elbaz, de pontuar por várias vertentes – vanguardista, experimental ou comercial – o que é a elegância contemporânea.
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CHLOÉ
A estréia de Claire Waight-Keller na Chloé tem como paráfrase um palimpsesto de figurações de feminilidade, passeando pelos festivais dos anos 70, com pegada no street fashion e com o espírito fresco das fotografias de David Bailey e Anjelica Marie Helvin Houston em férias al mare. O resultado é uma continuação do espírito Chloé em todas as instâncias, seja nas proporções elegantemente relaxadas, nos acessórios de peso e o charme effortless à la parisienne.
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HERMÈS
Christophe Lemaire trabalha dois pontos característicos da Hermès: o exótico, além fronteira e, por conseguinte a jornada que inclui a viagem. Não é para menos que a coleção consiste em metonímias de trajes típicos predominada por acessórios diminutos e práticos. Há silhuetas protetoras e muito laranja Hermès; para um grand finalle de tons noturnos em peças para Grace Jones ou similares contemporâneas.
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CÉLINE
Phoebe Phillo desenha uma silhueta desde sua estréia solo na Chloé e a estende para a Céline – sem cerimônia – em mais uma coleção forte e desejável. Revelando uma ideia do que seriam novos clássicos por uma ótica arquitetônica que beira a arte contemporânea, as camisas ganham costas em godês, as mangas são arredondadas e as texturas são casadas de maneira inteligente. O que prova sua capacidade de diluir o que foi, é e será rendendo a ela e à marca, louros em todos os tempos verbais.
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BALMAIN
Em sua primeira coleção como novo diretor criativo da Balmain, Olivier Rousteing mantém a linguagem deixada por Decarim, que agora aparece menos agressiva e mais kitsch. Sobrepondo referências afins como Nudie Cohn, Elvis Presley, Las Vegas dos anos 60 e Gianni Versace, e a isso agregando pitadas de tatuagem maori e papel de parede de estilo rococó e art déco; o estreante garante à clientela da marca a ostentação de sempre, com um novo olhar.
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EDIÇÃO: BRUNO CAPASSO & PAULO RAIC
Fotos: Divulgação / GoRunway.com