Kakkmadafakka – Hest

“Um disco por dia.” Essa é uma das poucas e singulares filosofias que sigo, acima das circunstâncias (leia-se trabalho, estudo e curtir a vida por aí). Em 2008, eu fiquei à toa. Já tinha uma boa coleção de discos baixados, de antes e depois desta data, mas a cada novo dia, surgia um single novo, um clipe novo, um disco, um EP…
Então, fui agregando os novos sons das velhas bandas, os novos sons das novas bandas e as novas descobertas, em bares, baladas, repúblicas e nos covers dos amigos aspirantes a rockstar.
Hoje, eu consumo música por sobrevivência. Passar uma semana que seja sem baixar algo novo é castigo, dos brabos. E levando em consideração que o que é “bonito é para se ser mostrar”, a cada quinze dias eu vou abrir os teus olhos, pegar nos teus braços e te levar para dançar.

Com uma playlist miscigenada, de música de pista, para música de cama (explorando todos os sentidos da expressão) acompanhada de diversos lançamentos brilhantes deste ano, esta coluna tem por objetivo, fazer conhecer, relembrar, insistir e inspirar.

Kakkmadafakka – Hest.


Confesso que antes de baixar ‘Hest’, fui escutar a primeira faixa do disco, ‘Restless’, que por sinal, tem um clipe muito peculiar. Meio trash, meio tosco. Gostei. Baixei o disco e ouvi inteiro. Ouvi de novo. Listei as preferidas. Coloquei no Ipod e sai dançando.

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O Kakkmaddafakka surgiu lá por 2004, em uma formação para um show só, segundo diz a lenda. Advindos da Noruega, de Bergan, a mesma cidade de Erlend Øye (outro nerd que adoramos) do Kings of Convenience e The Whitest Boy Alive, o quarteto que se apresenta em septeto, surpreende.

Com dois discos lançados, o primeiro “Down to Earth” em 2007 e o nosso querido “Hest”, em fevereiro deste ano, o Kakkmaddafakka mostra que potencial não falta.
Nem criatividade, quando se trata da miscelânea de ritmos e elementos, ao longo do disco. Começando em “Restless”, já soltamos alguns passos. Porém, esse é só o começo.
Seguimos de “Your girl” com um pianinho sutil e animador. “Self-Esteem” bem colocada em seguida, começa a dar toda aquela cara ‘álbum’ para Hest – sem contar os backing vocals em uma pegada ‘afro-pop’ contrastando como vocal leve de Axel Vindenes.

“Make the First Move” volta na idéia disco que “Restless” anunciava e o piano brilha novamente. “Is she” mais calma, faz a balada pop do disco (se eu fosse dj ia ser a minha escolhida para às 5h da manhã). Então, assim, sem anunciar, chega ‘Touching’. A faixa mais dançante do disco, com uma levada de ska e um refrão “uh-oh, uh-oh, uh-oh” que gruda. Minha favorita. Logo atrás dela, ‘Heidelberg’, instrumental e também cheia de diversão, com solinhos alternados, uma explosão do teclado e gritinhos. UH!  Chegando ao final do disco, ‘Gangsta’ surge com uma intro de “I shot the sheriff” de Bob Marley e leva para o reggae os rifles de guitarra e os vocais. Drø Sø, fecha o disco, com a banda cantando em uníssono e deixando a gente louco para apertar Repeat.

By Marina Rima.
marinarima@brrun.com

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Kakkmaddafakka MySpace.
[Pics: ©advertisement.]