As esculturas da irlandesa Claire Morgan parecem cenas de sonhos ou frames de vídeo congelados. O estranhamento acontece por estas cenas habitarem a nossa realidade, por mais surreais que se pareçam.
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Esta situação fora do nosso espaço-tempo conhecido é impressionante de ver, pois estamos acostumados a encontrá-las apenas nas telas do cinema, através de efeitos especiais.
Claire, utilizando-se apenas da “magia” dos fios de náilon, consegue nos transportar para um outro paralelo, uma outra noção de realidade.
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Lembrei de sonhos, não apenas pelos objetos congelados no ar, mas pelos objetos em si. Aves, corujas, maçãs, lobos. São todos simbólicos, impregnados de significados, habitantes do senso comum.
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Todos esses elementos orgânicos, dispostos dentro de uma geometria e combinados à uma técnica precisa, levam incontáveis horas para ficarem prontos, e é esse próprio senso de paciência e fragilidade que mais inspira a artista. Suas obras estão entre o movimento e a estaticidade, e a energia desse instante é nítida no resultado final.
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Recentemente, o nosso querido e talentoso Leandro Dário esteve em Paris na FIAC (Feira Internacional de Arte Contemporânea) e registrou uma obra de Morgan: Um móbile com moscas e um pássaro.
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GIULIA BIANCHI
giuliabianchi@brrun.com
Fotos: Divulgação / Leando Dário