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O Broken Bells é a junção de Brian Burton (ou Danger Mouse – dj, músico e produtor – famoso por projetos com Beck, Gorillaz, The Rapture e até o cineasta David Lynch) e James Mercer (líder do The Shins). Com o primeiro disco lançado em março de 2010 e o EP Meyrin Fields lançado em março desse ano, a dupla mostra que não falta espaço na música para o space rock, nem talento para este dueto.

Diz a lenda que os músicos se encontraram em um festival de música na Dinamarca (o Roskilde) e desde então já previram uma possível parceira de projeto. Quando em 2008, finalmente puseram força na vontade e então surgiu o Broken Bells. A primeira música de trabalho foi The High Road, lançada no fim do terceiro trimestre de 2009.

A música define bem o estilo do duo, um tom de melancolia, um tom de alegria, vocais sincronizados e uma atmosfera leve, tranqüila.

Já em Meyrin Fields vemos um algo a mais. É coisa fina. O EP não decepciona, embora curtinho – para a nossa tristeza – vale por cada uma das quatro faixas. Vemos um Broken Bells que anima, além de tudo. Os efeitos eletrônicos constantes e norteadores do som fazem os vocais de meros acompanhamentos. Como vemos na primeira faixa – a que nomeia o disco – sentindo uma leve urgência da batida e se embriagando com os vocais sedutores.

A sentença segue o mesmo julgamento quando estamos em Windows. Com mais elementos, bateria, guitarra e os vocais divergindo entre a suavidade de James e o tom falado de Brian, a música tem uma atmosfera mais sóbria. Porém, nada chata.

E beirando o surf music, chegamos em An Easy Life. Coerente como deve ser e super animada. Finíssima!

E Heartless Empire fecha o EP em um tom The Smiths – os vocais – dos anos 2011. É leve, como é o Broken Bells. Carregada de emoções, otimismo e sentimento.

É a finalização ideal para o disco ideal.

E que deixa a gente com saudade e vontade de ouvir mais e mais.

MARINA RIMA
marinarima@brrun.com