TOPS – London Fashion Week S/S 12


Basso & Brooke.

TOPS LONDON FASHION WEEK S/S 12:


BASSO & BROOKE

As paisagens inóspitas da Sibéria – último destino de Bruno Basso –  são banhadas por uma paleta tropicalista que se espelha nos tons da alvorada ao lusco fusco, passando pela noite. Os prints psicodélicos, marca registrada da dupla Basso & Brooke, aparecem em túnicas, vestidos decotados, saias-lápis e terninhos com shorts onde os gráficos capciosamente dão a pista do que está por vir no próximo look como um crescendo.

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LOUISE AMSTRUP

Dinamarquesa radicada em Londres, Louis Amstrup está em sua quinta coleção dando continuidade ao seu trabalho de volumetria, sobreposições, misturas de materiais e recortes aliados a estamparia. Plissados e estruturas contrapostos à silhuetas desestruturadas são evoluções bem vindas em seu trabalho outrora influenciado por Alexander McQueen ou Jonathan Saunders onde fez escola antes da carreira solo.

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PAUL SMITH

Precursor das corruptelas que assolaram a moda nas últimas estações via ‘boyfriend-anything’, Paul Smith faz com maestria a transição de gêneros no guarda roupa feminino se valendo de proporções certeiras e uma cartela de cor que rompe com qualquer padrão. Oversize no algodão, pespontos no shantung e uma alfaiataria perfeita tornam a coleção desejável até mesmo para os boyfriends que supostamente emprestaram o look.

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ACNE

Easywear, effortless! Este é o mote da Acne para sua coleção oversize – utilitária com cartela de cor ‘ice cream meets Marrakesh’. Os decotes são generosos e a atitude nega toda e qualquer associação ao universo infantil que a coleção pode aludir. E mesmo brincando numa proposta evolutiva, Jonny Johansson consegue manter as características desejáveis que a marca possui desde sua fundação.

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BURBERRY PRORSUM

O verão de Chistopher Bailey para sua Burberry Prorsum é invernal não fossem os pontos de cor aliados a pegada natural – étnica que norteia toda a coleção. Permeada de casacos de peso – literalmente –, onde a fluidez tem poucos momentos de respiro já que as cinturas são marcadas e altas, enquanto as saias descem pelos joelhos na mesma proporção em que se abrem em pregueados ou evasés; fica a pergunta: seria um novo solstício ainda por vir?

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HARDY AIMES

Nem só de tradição vive a Hardy Aimes, situada na Saville Row – tradicional hotspot da alfaiataria inglesa – desde 1945. Pontuando com uma série de tons pastéis o incansável cinza que veste os homens desde os primórdios da civilização moderna, a coleção consegue dar a vida real peças e conjuntos desejáveis, como válvula de escape para quem acredita em vida além do escritório.

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TOPMAN DESIGN

Paramentar o cidadão comum com os musthaves da estação está entre as premissas da TOPMAN DESIGN, linha especial da TOPMAN, onde preço e qualidade andam juntos – mesmo que isso não seja uma vantagem. Mas como definiu Baudelaire sobre a maquiagem: seu efeito é irresistível. Está tudo ali: Prada, Givenchy ou Burberry, mas isso não significa que você terá de sacrificar seu Côtes du Rhône para estar bem vestido.

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JW ANDERSON

O irlandês Jonathan William Anderson começou sua carreira como stylist até debutar em 2010 a sua JW Anderson. Para seu masculino o tema gráfico é a essência da coleção, mas seu diferencial fica por conta do uso de texturas ao invés dos prints, em si. Recortes de couro ou tecidos felpudos fazem par em silhuetas que chegam a ser femininas, mas sem que o crossdressing seja a palavra de ordem.

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JAMES LONG

Couro e tricot são as paixões de James Long, e sua coleção para o verão dada a profusão de animal prints, brilhos e power dressing nos permite dizer que ele está para Ilhas Britânicas e o vestuário masculino como Michael Kors está para a Ilha de Manhattan e o vestuário feminino. De maneira exuberante não faltou esplendor à série de looks desfilados que mesmo na ausência de brilho tinha phyton ou vice versa, ou melhor ainda: tudo junto.

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EDIÇÃO: BRUNO CAPASSO & PAULO RAIC

Fotos: Divulgação / GoRunway.com