Alan Bilzerian by René Habermacher.
Depois de Marc Ascoli e Olivier Saillard chegou o momento de Alan Bilzerian, membro do Hyères International Fashion + Photography Festival responder as perguntas realizadas pelos sites e outras mídias de comunicação e arte selecionadas pelo festival. Bilzerian é comprador e proprietário da Alan Bilzerian de Boston.
Para acompanhar as entrevistas já realizadas com Marc Ascoli e Olivier Saillard, clique aqui e aqui, respectivamente.
Acompanhe abaixo com exclusividade as principais perguntas feitas ao nosso terceiro entrevistado.
– O quão importante é a habilidade em uma coleção?
ALAN BILZERIAN – Na verdade, é uma das primeiras coisas que me trazem mais perto do estilista. Ela desempenha um salto nas etapas quando jovens estilistas conseguem traduzi-la em qualidade.
– Ao olhar para as obras de Hyères, o que é mais importante para você, a capacidade do estilista de conceituar seu trabalho e vê-lo através de sua mais artística e expressiva demonstração ou você se concentra fortemente sobre a viabilidade comercial delas?
A. B. – Eu me sinto muito desconfortável ao olhar para grandes obras de qualquer estilista. Eu acredito que você pode exibir a sua emoção no seu trabalho muito claramente em exposições de curta duração. Mas eu olho tanto o lado comercial bem como a expressão artística.
– Como os seus consumidores apóiam os jovens estilistas? Qual é o aspecto mais desafiador de tentar vende-los e que os estilistas podem fazer sobre isso?
A. B. – O consumidor nos ouve sobre qualquer novo estilista e certamente vai dar uma chance, com uma tentativa. A concorrência é forte por causa da imensa quantidade de produto, e nós sentimos que precisamos de um empurrãozinho do lado editorial e um forte sistema de apoio com lojas de alto calibre.
– Os conglomerados de moda corporativa estão montando mais e mais marcas sob seu guarda-chuva e nos controlam através de publicidade relacionada com a exposição de moda nos editoriais. Isto torna mais difícil para jovens estilistas independentes criarem visibilidade e estabelecerem a sua visão e sua marca. Como você vê que isso tudo afeta o seu trabalho como um comprador?
A. B. – É sempre um grande desafio transitar por novos nomes porque em minhas lojas o que eu gosto é a consistência para provar que eu tomei a decisão certa para o cliente. O guarda-chuva da moda dos conglomerados também é necessário por causa do progresso visível mostrado ao consumidor, ajuda momentaneamente.
– Qual a última coisa que você experimentou, viu ou ouviu que o estimulou?
A. B. – Nostalgia…
Fachada da Alan Bilzerian, em Boston.
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Fotos: René Habermacher © Copyright — Hyères 2012