• ASVOFF – A Shaded View Of Fashion Film

    Começa hoje 7 de outubro e segue até o dia 9 no prestigiado Centre Pompidou em Paris mais uma edição do ‘A Shaded View Of Fashion Film’ (ASVOFF), o festival anual de filmes de moda realizado pela visionária Diane Pernet.

  • Io Sono L’Amore

    A máxima de René Descartes sobre o pensamento e a existência é deslocada por Luca Guadagnino para o campo sentimental, transferindo a filosofia de sua parte intelectual para transformá-la num silogismo emocional provado (literalmente) em todos os sabores e intensidades. Se para o filósofo a compreensão de sua existência vinha a partir da dúvida seguida ao questionamento e reflexão sobre ela, no filme de Guadagnino a tomada de consciência vem através da paixão (mais até do que do amor propriamente dito) e posteriormente da loucura, o desapego e abandono por tudo e todos.

  • Homem ao banho

    Se existe algo que permeia intensamente a recente e bastante apreciada filmografia de Christophe Honoré é a relação entre amor e desejo, suas reuniões e separações que bem a moda dos franceses, ainda mais pelo seu particular resgate maneirista da Nouvelle Vague, faz incidir sobre sua obra um grande jogo de relações que se testam.

  • Melancolia

    Não é de hoje que Lars Von Trier sempre articulou seus filmes de acordo com uma lógica de controle, sendo sua direção o correspondente mais expressivo de comando e superioridade. Dinamarquês como Carl Theodor Dreyer, talvez exista aí uma herança religiosa e metafísica incrustada nas duas linhagens, apesar de ser uma heresia, pra ficar no terreno do divino, comparar o cinema e cada um dos realizadores.

  • Um Lago

    Uma das questões mais recorrentes na feitura e apreensão de um filme é aquela voltada à história. A história, em minúsculo mesmo, mas ironicamente tão poderosa quanto uma entidade por fazer com que espectadores (e produtores) possam apontar o dedo para a tela e ao realizador da obra pela condenação do crime do não contar.

  • 2 ou 3 coisas que eu sei dela

    Recentemente foi lançado um vídeo para divulgar a parceria entre a linha The Generic Man com a Comme des Garçons Shirt que possuía do seu começo ao fim uma série de referências a pelo menos três filmes de Godard: ‘Vivre as Vie’, ‘Une femme mariée: Suite de fragments d’un film tourné en 1964’ e ‘2 ou 3 choses que je sais d’elle’.

  • Super 8

    Há uma lógica em ‘Super 8’ sobre tudo aquilo que é maquinal, reprodutivo ou funcional que acaba por reverberar nele todo, ainda mais se pensarmos que todo filme é inevitavelmente o registro inconsciente de sua realização, um making of intrínseco presente na criação de suas ‘imagens oficiais’( termo que serve bem à essa narrativa em especial).

  • A Árvore da Vida

    Árdua tarefa, ou mágica, a daquele que consegue irromper com tamanha magnitude um ponto de vista absolutamente subjetivo sobre determinado tema. ‘A Árvore da Vida’, de Terrence Malick é um caso de filme em que não podemos falar a respeito de uma história, mas sim de um tema.

  • Os Famosos e os Duendes da Morte

    O PLANO DE IMANÊNCIA
    O que é uma interioridade? Não é de hoje naturalmente que o cinema procura conhecer e reportar, e o faz cada vez mais, os mecanismos subjetivos de um personagem, mesmo de um estado físico ou psicológico. A óbvia constatação reforça ainda mais o caráter propício da imagem cinematográfica às construções visuais e sonoras dos tipos mais inspirados.

  • Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas

    “De duas mortes e de três nascimentos. Meu filme nasce uma primeira vez na minha cabeça, morre no papel; é ressuscitado pelas pessoas vivas e os objetos reais que eu utilizo, que são mortos na película, mas que, colocados numa certa ordem e projetados sobre uma tela, se reanimam como flores na água.”